Pesquisa é "em defesa da vida", para 75%
Pesquisa feita pelo Ibope revela que 75% dos brasileiros acreditam que o uso de células-tronco embrionárias para tratamento e recuperação de pessoas com doenças graves é uma "atitude em defesa da vida". Outros 20% disseram acreditar parcialmente na tese e apenas 5% discordam totalmente dela. A sondagem foi realizado por encomenda da ONG Católicas pelo Direito de Decidir.
Mesmo entre católicos, a parcela dos que julgam correto o uso das céculas-tronco em pesquisas é alto: 94%. Entre a população com nível superior, essa porcentagem chega a 97%.
Julgamento - O assunto irá a julgamento nesta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá sobre o destino no país de pesquisas com células-tronco de embriões humanos. Para o ministro Celso de Mello, a decisão será a “mais importante” dos 180 anos de história da corte.
"Esse é o processo mais importante em toda a história do tribunal, porque envolve o direito à vida. Não cometo nenhum exagero ao afirmar isso", disse Mello, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo. O ministro Ayres Britto, relator do caso, aponta ainda outra razão. "A ação põe Igreja Católica e ciência em posições antagônicas."
Igreja - O julgamento é uma resposta à ação direta de inconstitucionalidade movida há três anos pelo ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles contra a Lei de Biossegurança (nº 11.105). A decisão é considerada estratégica tanto pela Igreja Católica quanto pela comunidade científica.
A CNBB vê nessa causa o risco de o STF abrir caminho para que no futuro o aborto seja legalizado. Isso porque, para extrair células-tronco embrionárias, é necessário destruir os blastocistos, embriões humanos com cerca de cinco dias de vida e formados por uma centena de células.
Já os cientistas dizem que, sem pesquisar células-tronco de embriões, o Brasil ficará a reboque de outros países. Por isso, terá de pagar royalties altíssimos para aqueles que descobrirem a cura de doenças graves.
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