É bom termos o livre arbítrio, podermos optar pela esquerda ou pela direita. É bom podermos ser livres de escolhermos o caminho a tomar. Existe, por vezes, um problema: não saber o caminho a tomar, se para a direita, se para a esquerda...
Não falo por mim, porque (felizmente ou infelizmente) na maioria das vezes não perco muito tempo para decidir o que fazer. Falo nisto apenas porque observo o mundo à minha volta e percebo que me deparo com hesitações nas tomadas de decisão, que para mim não fazem sentido...
Quando temos dois caminhos à nossa frente e temos de optar, normalmente optamos pelo mais fácil. É natural e humano! Mas a questão nem é essa. A questão é quando deixamos de decidir porque o medo de errar e o medo da mudança imperam na nossa mente... E assim as dúvidas permanecem em nós porque não conseguimos decidir, porque temos medo da responsabilidade dos nossos atos, porque é mais fácil ficar como estamos... A responsabilidade... Será por isso que temos medo?
Viver também é ser responsável para conosco e para com os outros. É com as tomadas de decisões e de atitudes, e muitas vezes com os erros inerentes a isso, que nos faz crescer e amadurecer. Os erros... Sim, são eles na maioria das vezes, os responsáveis pelo nosso conhecimento da Vida. São eles que nos ajudam a tomar decisões mais acertadas, no futuro. Nós não gostamos deles, mas inevitavelmente eles andam aí. E só temos de enfrentar, a eles, às decisões e responsabilidades. Sem eles, estagnamos! Sem eles, não temos "fibra" para enfrentar a Vida!

Postado por Edgar Ferreira

O que leva uma pessoa a superar seus limites?

Essa é uma pergunta simples, mas que pode se tornar tão complexa como uma teoria de fisica.

Afinal, qual o nosso verdadeiro limite? Muitas vezes olhamos uma pessoa se esforçando para conseguir algo, e inevitávelmente dizemos que ela superou seus limites. Mas, o limite de quem ela superou? Os dela ou os seus? Fiquei com essa dúvida após assistir a um show.

Estava combinado que seriam 4 bandas a se apresentarem, todas devidamente ensaiadas e confiantes. Uma das bandas não compareceu, pois, teve problemas com 2 integrantes. Outra banda que conheço muito bem, tinha se preparado como nunca. Ensaiou muito, montou um set list, que sinceramente tinha tudo para arrebentar, a confiança transbordava, até que...Sim, o vocalista, o centro da banda (afinal o set list foi todo criado em torno dele, exclusivo), simplesmente não compareceu, não deu notícias, não atendeu telefones, nada.Vi a expressão de desconsolo, ódio e medo de cada um da banda. A primeira coisa que ouvi foi: "Deixa pra lá, agente não vai tocar". Porém um integrante assumiu a responsabilidade, alteraram o set list em 5 minutos, subiram ao palco com o vocalista de outra banda...que mesmo sem voz (pois havia cantado antes com sua própria banda), cantou com toda vontade.

Resumo

O show não foi 100%, mas conseguiu fazer o que as outras bandas não o fizeram. Todos cantaram juntos e aplaudiram. Mesmo errando, mesmo com medo, mesmo sem a voz, todos que estavam ali sentiram a força de quem por vontade de tocar, superou as dificuldades e viu na amizade a voz mais perfeita para um vocal.

Postado por Edgar Ferreira