2008
Tem uma frase que traduz bem o que foi 2007 para mim. Diz assim: “quando a pessoa se abre para o mundo ela fica vulnerável a decepções e tristezas mas, ao mesmo tempo, também pode ter alegrias e diversão”. O meu ano foi mais ou menos assim. Resolvi viver mais, me arriscar mais e dar oportunidade para o destino me proporcionar coisas novas, coisas boas. Comecei devagar e quando vi já estava me jogando de cabeça em tudo. Me abri, deixei muitas pessoas entrarem na minha vida e recebi as mais variadas respostas. Claro que nem tudo são flores, mas posso dizer, de coração aberto, que não me arrependo de nada. Talvez tenha me faltado um pouco mais de segurança, calma e garra, mas são coisas que, sabendo agora da minha deficiência, posso trabalhar para melhorar.
E qual a expectativa para 2008? Como sempre, estamos expectantes. Ingenuamente, ou humanamente, cremos na mudança, no recomeço e assim vamos vivendo cada ano na expectativa do seguinte. Na esperança de que pode até ser que desta vez… Desta vez até pode bem ser que haja a diferença que tanto queremos (ainda que, na maioria das vezes, nem saibamos bem o que é que queremos ou esperamos afinal). Assim, prometemo-nos mudanças a nós próprios e esperamos que o que nos exterioriza, o que não controlamos, seja bom. Claro que chegará um novo caso sensação que acorde novamente a Nação do seu habitual marasmo (veremos se envolve crianças, estrangeiros, celebridades ou políticos, ou se seremos apanhados desprevenidos com um caso fantástico vindo de um qualquer quadrante insuspeito da nossa galáxia).
Mas eu, que, como sempre, continuo a acreditar (não só nos Homens de Boa Vontade, mas também nos melhores dias que virão), espero que 2008 seja um ano de lucidez. Já não falo de lucidez política, porque essa, temo, é uma utopia, mas lucidez humana e humanizada. Que sejamos lúcidos o suficiente para nos olharmos como Homens e nos respeitarmos e à nossa própria espécie.
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