Quando nos deparamos com um diagnóstico tão cruel “Doença degenerativa e irreversível”, perdemos o chão, a esperança, a namorada, o marido, a filha, mas sem perceber, estamos tendo uma chance para repensar nossa vida. Estamos tendo outra oportunidade de começar de novo, mais devagar, nos preocupando com outras questões. Comigo foi assim: primeiro veio a preocupação (os sintomas), depois o susto (o diagnóstico), o medo (como vai ser?), veio o “encasulamento” (a depressão), depois a luz (as orientações) e aí então as ações. Primeiro melhorar minha auto estima, deixar de ter pena de mim mesma, porque estou viva e muito viva, se não posso fazer “isso”, talvez possa fazer “aquilo”, se não sei, posso aprender. O que não posso é desistir. Desistir porque? Vou ter que tomar remédios? Tantos tomam! Não vou fazer de tudo? Faço o que puder, invento o meu próprio jeito de levar a vida. Se hoje estou triste, tenho esse direito, curto esse momento mas não deixo a tristeza se alojar. Forço-me a mudar de humor, procuro alegria. Ficamos fragilizados, queremos colo, mas, também podemos pedir colo, não precisamos esperar a atitude do outro.
Hoje resolvi escrever para um “futuro grande amigo” que está na fase do susto, do medo. Eu quero dizer especialmente pra ele (e para todos aqueles que estão descobrindo a doença agora) que esse momento vai passar. O medo dará lugar pra à esperança, as incertezas ficarão para trás e quando perceber, estará fazendo muito mais coisas do que imagina.
Força, meu Amigo!
A vida não acaba aqui, ela está só começando...
1 comentários:
É isso ai Regina, muito sábia suas palavras. Concordo plenamente com tudo.
Parabens. estamos na luta.
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