COMO ACEITAR A IMPERFEIÇÃO
Como a vida humana é imperfeita. É impossível não termos frustrações. Durante nossa existência fomos, somos e seremos surpreendidos com um mundo que acontece diferente do que nós gostaríamos. A todo instante, nos deparamos com dificuldades e nos desapontamos. E, em geral, frustrações não tão pequenas. Vez por outra, nos deparamos com a perda de alguém que amamos, com o fracasso no vestibular, com alguma derrota profissional, com o desemprego, com uma traição, com alguma doença grave etc. Tudo isso nos causa irritação, tristeza e nos sentimos impotentes. É a sensação de frustração diante das perdas ou da ameaça de perder. Se olharmos para a nossa vida e das outras pessoas, veremos que o fenômeno mais constante é exatamente a perda e a frustração decorrente dela. Desde a perda do útero materno, dos seios da mãe, do conforto do lar ao ir para a escola, das decepções amorosas na adolescência, dos problemas profissionais, financeiros ou de saúde. O problema, portanto, não é a frustração. É como nos colocamos diante dela. Algumas pessoas reagem melhor que outras às frustrações da vida. Enquanto umas toleram graves situações, apesar da tristeza e partem para novas conquistas, outras, à menor dificuldade, se recolhem e ficam prostradas.
Há algumas coisas em comum para as pessoas desse segundo tipo:
Primeiro, a facilidade para levar a sério as próprias fantasias. É a luta entre a realidade e os torturadores "deverias" da nossa cabeça. Se eu era um profissional tão bom e dedicado, não "deveria" ter sido demitido. Se eu estudei tanto, "não deveria" ter perdido o vestibular. Se eu...
Há algumas coisas em comum para as pessoas desse segundo tipo:
Primeiro, a facilidade para levar a sério as próprias fantasias. É a luta entre a realidade e os torturadores "deverias" da nossa cabeça. Se eu era um profissional tão bom e dedicado, não "deveria" ter sido demitido. Se eu estudei tanto, "não deveria" ter perdido o vestibular. Se eu...
Ocorre que o mundo nem sempre acontece de acordo com os nossos desejos. Por isso, podemos desejar tudo o que quisermos, mas não podemos levar tão a sério os nossos desejos. Aprender a ver e lidar com as situações reais e gastar menos energia em lamentar as coisas, enfatizando como deveriam ser.
Segundo, a sensação de injustiça que acompanha as pessoas quando se frustram. Essa sensação de injustiça é fruto de nossa vaidade, de nos levarmos a sério demais, de nos atribuirmos uma importância que, na verdade, não temos, diante da vida e do Universo. Do alto de nossa onipotência, estamos sempre achando que o mundo existe para nos satisfazer e que nunca podemos ser contrariados. A falta de limites na infância nos prepara para a dificuldade de adaptação ao imprevisto, às contrariedades, às perdas. Nos momentos de frustração, é muito comum, além da raiva, às vezes descontrolada, a pessoa se perguntar: "Por que comigo?" Se entendermos que a vida não privilegia ninguém; se contemplarmos a semelhança humana na imperfeição e nas perdas durante a vida, a verdadeira pergunta diante dos obstáculos seria mais humilde: "Por que não comigo?”.
Em terceiro lugar, o sentimento de culpa, sempre presente na frustração. O que mais dói, nesse momento, é o desconforto interno por nos sentirmos culpados pelo que ocorreu ou está ocorrendo. Ninguém tem domínio total sobre a realidade. Muitos acontecimentos que ocorrem não dependem de nossa competência ou habilidade. Aceitar a nossa impotência diante de determinados fatos é melhor que nos acusarmos por eles. A terrível frase: "Querer é poder" é responsável por grandes sensações de fracasso. Daí a outra frase comum nesses momentos: "Se eu soubesse..." Se eu soubesse com antecedência o que iria acontecer, eu seria... DEUS.
Segundo, a sensação de injustiça que acompanha as pessoas quando se frustram. Essa sensação de injustiça é fruto de nossa vaidade, de nos levarmos a sério demais, de nos atribuirmos uma importância que, na verdade, não temos, diante da vida e do Universo. Do alto de nossa onipotência, estamos sempre achando que o mundo existe para nos satisfazer e que nunca podemos ser contrariados. A falta de limites na infância nos prepara para a dificuldade de adaptação ao imprevisto, às contrariedades, às perdas. Nos momentos de frustração, é muito comum, além da raiva, às vezes descontrolada, a pessoa se perguntar: "Por que comigo?" Se entendermos que a vida não privilegia ninguém; se contemplarmos a semelhança humana na imperfeição e nas perdas durante a vida, a verdadeira pergunta diante dos obstáculos seria mais humilde: "Por que não comigo?”.
Em terceiro lugar, o sentimento de culpa, sempre presente na frustração. O que mais dói, nesse momento, é o desconforto interno por nos sentirmos culpados pelo que ocorreu ou está ocorrendo. Ninguém tem domínio total sobre a realidade. Muitos acontecimentos que ocorrem não dependem de nossa competência ou habilidade. Aceitar a nossa impotência diante de determinados fatos é melhor que nos acusarmos por eles. A terrível frase: "Querer é poder" é responsável por grandes sensações de fracasso. Daí a outra frase comum nesses momentos: "Se eu soubesse..." Se eu soubesse com antecedência o que iria acontecer, eu seria... DEUS.
Quando não alargarmos o nosso limiar de frustração e a enfrentarmos de maneira construtiva, ela pode se transformar em depressão. Como fazer isso? Perdoar-se pela imperfeição e a do mundo. Saber que, em geral, as coisas e as pessoas são o que são e não o que "eu" gostaria que fossem. Não dramatizar excessivamente, exagerando os problemas. Tudo passa. Não apegar-se à postura de vítima, de injustiçado, de pobre coitado. Não cultivar uma visão amarga da vida, só vendo o lado negativo. Não levar nada muito a sério. Nem a vida, nem você!
2 comentários:
tus palabras me dan fuerzas para continuar... gracias.
http://parkinsonymovimiento.blogspot.com/
gabi
DETESTO DRUMOND , ACHO ELE HORRÍVEL , PROVINCIANO , BREGA , CHATO MESMO; ENTÃO QUANDO ENTREI NO TEU BLOG E VI UM POEMA DELE FIQUEI MEIO NAUSEABUNDO,ENTEDIADO.
BOM , ABAIXO DO POEMA (QUE AGORA NÃO ME PARECE RUIM DE TUDO , EMBORA ACHE E SEMPRE ACHAREI JOÃO CABRAL DE MELO NETO O MAIOR POETA DA LÍNGUA)TINHA UM TEXTO QUE ME PARECEU UM TANTO QUANTO PAULO COELHO , UMA COISA MEIO AUTO- AJUDA .
QUE TEXTO !
VALEU EDGAR , QUER QUE EU DIGA O QUE?
ESPETACULAR!
NÃO GOSTO DE ABUSAR DE EXCLAMACÕES , MAS ABRO AQUI UMA EXCESSÃO : ESPETACULAR !
Postar um comentário